quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mãos a Obra - Parte II


Nosso Saravá fraterno a Todos.


Em nossa jornada dentro dos aspectos religiosos temos percebido o quanto é necessário uma mudança interior dos adeptos que permeiam os nossos terreiros Brasil a fora.

Desde que começamos a participar dos ritos percebemos que muitos adeptos se baseiam pura e simplesmente em livros, esquecendo muitas vezes de vivenciar o “Todo” e esses mesmos nada trazem de novidade para o meio que convivem. Assim fica fácil julgar outros, pois suas mentes limitadas e ortodoxas não permite respeitar e viver o Sagrado.

Viver o sagrado não significa fazer o que se acha incorreto, pois também não compartilhamos daquilo que não nos traz harmonia e paz. Respeitar ao que não se compactua é o princípio básico de uma Elevação Espiritual e demonstração de alegria, simplicidade e sabedoria. Nossa busca é entender como esse sagrado foi se decompondo e como Ele pode ser vivenciado por nós através de nossa Unidade Terreiro. Entendemos que a Verdade é expressa e várias formas e essa mesma verdade ainda é vista de 3 ângulos diferente: “O meu, o Seu e aquele que realmente É...”

Aos irmãos que buscam entender o “Todo” é preciso sair das paginas dos livros e ver o quanto o Brasil é rico em rituais com vertentes que estimulam o indivíduo a se reencontrar com o Supremo Espírito. Quando dentro do terreiro ocorrem certos aspectos que desconhecem jogam a responsabilidade para as entidades resolverem, pois entendem que só elas podem resolver tudo e acham assim que estão livres de culpa, oras meus irmãos... nem tudo tem manual... É vivência....

Muitos irmãos ainda escrevem somente o que está escrito nos livros e não nos trazem nada de novo, e não venham com a conversa que nada aprendemos ou desaprendemos... A sua evolução pode não ser a mesma que a de outro... Então aguardemos que todos venham a falar a mesma ideia.... Nós não estamos esperando, pelo contrário, estamos fazendo nossa parte.

Meus Irmãos, dizer que essa ou aquela Umbanda é certa ou errada é uma falta de conhecimento do Sagrado, é a falta de vivência e de uma mente atrofiada.

Dizer que a prática é da Raiz desta ou daquela Escola, também é um largo erro, pois só se pode dizer que é da tal Raiz se o mesmo pisou em seu solo sagrado e foi Iniciado por lá. Seguimos sim seus conceitos, mas não podemos dizer que somos da Raiz deste ou daquele.

Temos nossas tradições, nossas origens e história dentro do Movimento Umbandista e é essa origem que queremos que nossos irmãos nunca se esqueçam.

Segue um ponto que sempre cantamos para guardar nosso Santuário.

“Meu Congá pequinininho..
Corta demanda mansinho...
Sete Encruza corta em cruz...
Pai Guiné corta no pé...
Sua Raiz é de força...
Acredite quem quiser...
Quem ordena seus direitos...
É a Lei de Mikael...
A justiça tem balança...
E a balança está na mão de Mikael...”




















Como muitos dizem por ai .... "Uma imagem vale por 1000 palavras"

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